*Texto construído coletivamente com base em documentos
e textos retirados da internet. Alunos da turma do curso de Formação para
Educadores Sociais 2013.
Alinne Jamille, Bruna Novaes, Lúcio Jorge, Kelly Fortes, Paula Menezes e Val Fernandes.
ANALISE DE CONJUNTURA: Economia
Nacional
Sobre a Política de Redução das taxas
de Juros
O que é Inflação:
Em economia, inflação é a queda do valor
de mercado ou poder de compra do dinheiro. Porém, é popularmente
usada para se referir ao aumento geral dos preços. Inflação é o oposto
de deflação. Índices de preços dentro de uma faixa entre 2 a 4,5% ao ano é
uma situação chamada de estabilidade de
preços. Inflação "zero" não é o que se deseja, pois pode estar
denunciando a ocorrência de uma estagnação da economia, momento em que a renda
e, consequentemente, a demanda, estão muito baixas, significando alto
desemprego e crise.
O que é Juro:
Para
entender a taxa básica de juros, é preciso primeiro saber o que é o juro. O
dicionário Houaiss o define como "quantia que remunera um credor pelo uso
de seu dinheiro por parte de um devedor durante um período determinado, ger.
uma percentagem sobre o que foi emprestado; soma cobrada de outrem, pelo seu
uso, por quem empresta o dinheiro". Em linguagem mais simples, Carlos Antonio
Luque, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo (USP), dá um exemplo de como isso funciona: "Se
eu tiver à disposição uma maçã e se alguém quiser tomá-la emprestada, eu vou
exigir que, no futuro, essa pessoa me devolva a maçã e mais um pedaço. Esse
pedaço extra é o que representa os juros".
No
Brasil, o governo federal emite títulos públicos e, por meio da venda deles,
toma empréstimos para financiar a dívida pública no país e outras atividades como
educação, saúde e infraestrutura. Quem compra esses títulos aplica seu dinheiro
para, em troca, receber uma contrapartida: os juros. Mas quem define isso?
"O Banco Central, que administra os leilões de títulos do governo, define
uma remuneração sobre eles, que é a taxa básica de juros", explica o
professor. Dentro desse órgão, existe outro chamado Comitê de Política
Monetária, o Copom. Ele foi criado em 1996 e sua função é, como diz o próprio
nome, definir as diretrizes da política monetária do país e a taxa básica de
juros. Periodicamente, o Copom divulga a taxa Selic (Sistema Especial de
Liquidação e Custódia), que é a média de juros que o governo brasileiro paga
pelos empréstimos tomados de bancos. É a Selic que define a taxa básica de
juros no Brasil, pois é com base nela que os bancos realizam suas operações,
influenciando as taxas de juros de toda a economia.
Aumentar
ou reduzir esse imposto pode trazer diferentes implicações à economia de um
país. "Quando o Banco Central aumenta a taxa de juros, ele está nos dando
a seguinte orientação: 'Não consumam hoje os bens, peguem seu dinheiro e
apliquem no mercado financeiro, pois assim vocês poderão consumir mais no
futuro'. Quanto ele a reduz, diz o contrário, que é mais conveniente comprar os
bens hoje e não aguardar o futuro para obtê-los", diz Carlos Antonio
Luque. Ou seja, o aumento na taxa básica de juros atrai mais investimentos em
títulos públicos e a quantidade de dinheiro em circulação diminui. Com isso, as
pessoas compram menos. A lei de mercado faz com que a queda na demanda baixe os
preços dos produtos e serviços em oferta. Assim, consegue-se conter o avanço da
inflação, mas o ritmo da economia desacelera. Porém, se a taxa for reduzida,
acontece o inverso: os bancos diminuem os investimentos nos títulos do governo
e passam a aumentar o crédito à população, o que eleva a quantidade de dinheiro
circulando e estimula o consumo. O crescimento na demanda de produtos e
serviços aquece o setor produtivo e, consequentemente, a economia como um todo.
Em compensação, faz os preços se elevarem e possibilita o avanço da inflação.
Analise
Em meados de 1999 o Brasil se somou ao então restrito grupo de
países que na época adotavam como política anti-inflacionária as chamadas
“metas de inflação”. Após a adoção do regime de câmbio flutuante, a implementação
das metas foi uma forma de substituir a chamada “âncora cambial” – sistema que
funcionou durante mais de quatro anos e que ajudou a fazer a transição do
regime de alta inflação para outro de inflação sob controle.
A taxa de juros é o instrumento utilizado pelo BC (Banco Central)
para manter a inflação sob controle ou para estimular a economia. Se os juros
caem muito, a população tem maior acesso ao crédito e consome mais. Entretanto
o aumento da demanda pode pressionar os preços caso a indústria não esteja
preparada para atender um consumo maior.
Por outro lado, se os juros sobem, a autoridade monetária inibe
consumo e investimento - que ficam mais caros - a economia desacelera e
evita-se que os preços subam, ou seja, que haja inflação.
Os juros ou taxas possui forte interferência na economia, no custo
do capital (tomada de crédito) das empresas e dos consumidores, estimulando ou
desestimulando o consumo e os investimentos da cadeia produtiva.
O cenário econômico de 2006 e 2007 apresentou-se de acordo com o
Bacen , uma redução dos juros em 16,5% e que permaneceu nesse nível até
dezembro de 2007. De lá pra cá, muita água passou por debaixo da ponte, e muito
pouco se fez para que houvesse um equilíbrio cambial.
Todavia, com as várias quebras estruturais ocorridas, 2011 mostrou
uma economia ainda com índices de juros consideravelmente autos. Contudo, no
segundo semestre – agosto – os juros que até então era de 12,5%, reduziu para
7,5% até o final de dezembro de 2012.
O ano de 2012 foi um ano de adaptações, um ano difícil, onde os
juros começaram a baixar, ocasionando um processo atrativo que impulsiona a
procura de crédito (financiamentos em longo prazo, compras parceladas e
outros). E em busca de melhores rendimentos os Bancos se abrem em busca de
novos investimentos, financiando projetos, produtos e novos investidores.
O crescimento econômico é formado pelo tripé da
política monetária (taxa de juros), política fiscal (superávit primário) e taxa
de câmbio, com vistas ao alcançe de uma determinada meta de inflação. Acontece
que cada uma dessas variáveis interfere na outra de forma antagônica. Por
exemplo, a redução da taxa de juros pode gerar aumento de inflação, porque põe
em circulação um montante maior de moeda, que antes estavam aplicados em
títulos em função do interesse pelos juros pagos.
Esse aumento de moeda circulante gera aumento de
consumo. Até certo ponto isso estimula a economia, o que é benéfico em um
momento onde o próprio Planalto já reconhece a previsão de crescimento do PIB
de 2012 para pífios 1,6%. Porém, a partir de um limite, o aumento da demanda
acima da oferta de produtos leva ao aumento de preços: a inflação de demanda. O
problema, então, é o limite em que o remédio passa a ser veneno. E quem define
isso é o Banco Central, mediante as reuniões do Copom.
No início de março deste ano de 2013 o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou que o PIB (Produto Interno
Bruto) brasileiro no ano de 2012 cresceu 0,9 % em relação ao ano precedente,
constituindo um total de 4,4 trilhões de reais, este resultado foi um dos mais
agravantes, desde 2009, quando a economia brasileira sofreu uma compressão de
0,33%, devido ao abalo ocasionado pela crise econômica e financeira mundial.
No Dia
12/03/2013 Dima afirmou que o PIB vai crescer para melhorar a vida do
Brasileiro e para isso se concretizar de acordo com a mesma, algumas medidas já
foram tomadas: diminuição
das taxas de juros e redução de impostos.
Nesse sentido, alguns estudos demonstram que os países chamados
emergentes continuam crescendo nos últimos três anos, contrapondo os países
centrais que continuam sofrendo com a estagnação econômica.
Apesar do
crescimento dos países emergentes, a dinâmica permanece sendo ditadas pelas
potências imperialistas, e é certo que uma hora ou outra essa crise mundial
acabará afetando, ou melhor dizendo já está afetando desenvolvimento do
restante do mundo.
Cotidianamente
escutamos falar a respeito do crescimento do PIB brasileiro. No entanto, uma
dúvida paira no ar: Esse crescimento está contribuindo para a melhoria de vida
da população brasileira? De que maneira o mesmo vêm sendo aplicado? È revestido
para a elaboração de serviços sociais, políticas públicas de qualidade,
educação, saúde, etc?
Quem se
beneficia com a maior “fatia do bolo”? O orçamento aprovado pelo Senado deixa
um rastro. Segundo a Auditoria da Dívida, para 2013, o Orçamento da União é de R$ 2,276 trilhões. A
maior parte do orçamento vai para gastos com despesas obrigatórias, como
amortização, pagamento de juros da dívida (R$ 900 bilhões). Podemos concluir de que maior parte de
tudo o que será produzido no país vai para a especulação internacional.
Enquanto isso o governo promete aplicar o equivalente a 7% do PIB até 2015 em investimento direto em
educação. De 2015 até 2020, o percentual crescerá para 10%.
Enquanto isso o Brasileiro dorme!!!
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